A equipe de reportagem da TV TEM flagrou irregularidades na exposição de preços em dois postos de combustíveis de Bauru (SP). Em dois deles, o cliente precisa entrar no estabelecimento para perguntar o valor e a cada horário há um valor diferente. Outros postos omitem os preços ou deixam incompletos.
Em um dos postos, um frentista tentou explicar que só colocavam a placa quando tinha promoção e ainda afirmou que era a ordem que eles recebiam. “Está censurado o preço da gasolina, porque não quer que a gente divulgue", explicou o frentista sem saber que estava sendo filmado.
Em outro, o preço do etanol fixado na placa só vale pra quem abastecer durante a noite ou madrugada. As informações são tão confusas que o próprio frentista se perde na explicação: “Acima de R$ 40, agora o etanol é 1.74 e a gasolina 2.74. Acima de R$40. Desculpa, me enganei, é R$ 2,79.”
Os postos de combustíveis fazem qualquer negócio pra chamar a atenção do consumidor, mas em alguns casos agem de forma irregular. Os consumidores que notam essas irregularidades ficam revoltados. “Ali tem um horário pra você abastecer um valor, outro horário, outro valor. Ali de madrugada é um preço, quem vai vir abastecer de madrugada?”, reclama a auxiliar de limpeza Micheli Simeão. O representante comercial João Bosco Neto critica que esses postos devem ser irregulares. “Eu imagino que seja irregular porque a maioria dos postos você vê o preço, você consegue ver o que é melhor pra você.”
Segundo a coordenadora do Procon regional de Bauru Valéria Cunha, o dever dos postos é manter os preços visíveis e completos para não confundir o consumidor. “O consumidor tem que poder visualizar o valor antes de adentrar o estabelecimento. No caso do preço censurado não pode, a empresa infringiu a determinação de informação prévia sobre o preço. E as promoção devem assegurar as informações completas e claras. Ele deve informar o valor durante o horário comercial e o valor durante o período promocional.”
O Procon afirma que faz operações pra fiscalizar essas práticas irregulares e orienta os donos dos postos em Bauru, mas o órgão também depende da boa vontade dos consumidores pra fazer com que os estabelecimentos cumpram as regras. “O consumidor deve denunciar ao identificar alguma irregularidade. Ele deve se dirigir ao Procon municipal e formalizar a reclamação, tendo em mãos o endereço completo do estabelecimento reclamado”, afirma Valéria.
G1