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Contra seca, Sabesp retira água de represas com caminhão em Franca
09/10/2014 09:47 em Notícias Região

Após decretar o fim do racionamento em Franca (SP), a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) vem adotando uma medida diferente para que o problema não volte a se repetir na cidade. Atualmente, 27 caminhões-pipas trabalham 12 horas por dia para fazer a captação de água em três represas da região e manter o abastecimento da cidade em 100%.
Em condições normais, o município é abastecido pelos rios Canoas e Pouso Alegre. Juntos, eles produziram, em julho, 1.606 litros de água por segundo. Em setembro, este número caiu para 910. Com a vazão reduzida nas últimas semanas, foi necessário encontrar uma alternativa que garantisse a continuidade do abastecimento. “Nós já fizemos tudo que era possível. Nós temos os caminhões trabalhando apenas 12 horas, por enquanto. Mas já temos previsão de trabalhar 24 horas se preciso for. Mas, fora isso, não temos outras fontes de água para estar tratando”, afirma Rui Engrácia, diretor da Sabesp.
 
Com a ajuda de uma bomba, os caminhões retiram a água das três represas e levam até a estação de tratamento, para que ela possa ser distribuída. A cada 12 horas, eles chegam a captar até 1,5 mil metros cúbicos. Segundo Engrácia, essa quantidade abastece três mil famílias por dia.
Segundo o diretor do órgão, a estratégia funciona como uma medida preventiva, já que a previsão meteorológica para as próximas semanas não é boa. “As previsões dos institutos de meteorologia não apontam para chuva e sim para o aumento da temperatura. E esses fatores combinados é que preocupam bastante a gente. A gente sabe que quando aumenta a temperatura, a tendência das pessoas é gastar mais água, é ficar mais tempo no banho, é lavar quintal, que se tornam atividades prazerosas. Então, a gente está tentando evitar problemas”, explica.
 
Alerta de consumo
Ao mesmo tempo em que a Sabesp tenta evitar um novo racionamento, o consumo de água na cidade aumentou 14% nos últimos dias. Segundo informações da companhia, o gasto médio por pessoa, no sábado (4), foi de 215 litros, o que representa um aumento de 26% em relação ao consumo médio diário.
Diante desse cenário, Engrácia lembra à população que é preciso economizar, mesmo com o abastecimento normalizado. “Se cada pessoa economizar 10% do seu consumo, nós vamos passar mais esse período crítico sem grandes problemas." Mesmo assim, ele adverte que não é possível excluir a possibilidade de outro racionamento. “A situação só nos preocupa se a população não nos ajudar”, ressalta.
 
G1
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