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Saúde investiga caso suspeito de febre chikungunya em Marília
Notícias Região
Publicado em 31/10/2014
A Secretaria de Saúde de Marília investiga o que pode ser o primeiro caso da doença chikungunya na região Centro-Oeste Paulista. A pessoa teria contraído a doença quando esteve em Porto Rico e, portanto, se confirmado será um caso importado e será o primeiro caso da doença na região Centro-Oeste Paulista.
 
A possível vítima é uma mulher, moradora da zona leste, que esteve em Porto Rico e chegou à Marília com os sintomas. Segundo Rachel Ramirez, Supervisora da Vigilância Epidemiológica, o material coletado da paciente já foi enviado ao Instituto Adolfo Lutz em São Paulo e a divulgação do resultado sairá em até 10 dias. Na possibilidade de positivo, será considerado como caso "importado", contraído em uma região contaminada.
Atendendo ao protocolo do Ministério da Saúde, a secretaria já está realizando ações de bloqueio e investigação na área para evitar eventuais transmissões. Até sábado, os agentes de saúde irão percorrer todas as residências num raio de 300 metros em torno da casa da paciente suspeita, eliminando-se os criadouros dos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus, transmissores da doença.
Em seguida, serão iniciadas ações de nebulização de inseticidas, visando-se eliminar vetores adultos que poderiam estar contaminados. "São medidas preventivas. Mesmo sem o resultado do exame, a ação da saúde é como se a pessoa realmente estivesse doente, pois não podemos perder tempo. A paciente passa bem", destacou Rachel.
A chikungunya é uma doença nova no Brasil, trazida por casos importados, principalmente ao norte e nordeste do país. Os sintomas são os mesmos da dengue, porém mais dolorosos e até mais duradouros. Em idosos, quando a infecção é associada a outros problemas de saúde pode contribuir para a morte. "É fundamental que a população continue eliminando os criadouros dos mosquitos. Com isso, estará controlando a dengue e agora, contribuindo também para se evitar a proliferação da nova doença. Também é importante ficar em alerta quando for viajar para áreas onde a infestação é grande, tanto no Brasil como no exterior", finalizou Rachel.
O vírus dessa doença foi isolado pela primeira vez em 1950 na Tanzânia, um país da África. Foram registrados 828 casos da doença no Brasil e 17 no estado de São Paulo. Para evitar a transmissão, a orientação das autoridades da saúde é eliminar os criadouros dos mosquitos.
 
G1
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