Os moradores das três casas que desmoronaram no bairro Sumarezinho, em Ribeirão Preto, no sábado (18), serão encaminhados para novas residências, segundo a construtora LPC, responsável pela obra que provocou o desabamento de parte das casas. De acordo com a Defesa Civil, os imóveis ficarão interditados por tempo indeterminado. Para os moradores das casas atingidas, o susto foi grande. “Parecia que o mundo estava acabando”, disse o pintor José Galdino Viana. Apesar do acidente, ninguém se feriu.
O desabamento de alguns cômodos das casas ocorreu no início da manhã de sábado, na Rua Itapetininga. Segundo a Defesa Civil, o problema foi causado pela construção de um prédio nos fundos das residências atingidas. Moradores afirmaram que os responsáveis pela obra haviam sido informados sobre o surgimento de rachaduras nas casas vizinhas, mas nenhuma providência para evitar o acidente foi tomada.
As famílias dos imóveis atingidos passaram a noite de sábado em um hotel e neste domingo (18) se diziam mais aliviados depois do susto pelo qual passaram. “Não consegui dormir ainda por causa de toda tensão, mas só temos a agradecer por nada de grave ter acontecido, estou muito feliz por Deus ter guardado as nossas vidas”, disse a moradora Carolina Maulim. “Fico triste porque a gente gosta da casa, é o nosso lar, depois de ver que sua família estava em risco, mas hoje a sensação é de alívio”.
Carolina, o marido, e os três filhos estavam todos em um mesmo quarto no momento do acidente. A família estava reunida no único quarto com ar condicionado, o que fez com que ninguém se ferisse com a queda dos outros cômodos. Depois do desmoronamento, a construtora disponibilizou uma nova casa para eles. “Deram mil opções do que fazer, tenho três crianças, então não posso ir para qualquer lugar, e tudo isso me foi oferecido”, afirmou.
O pintor José Galdino Viana e a mulher voltaram para a casa onde moravam para pegar alguns objetos que serão levados para outra residência alugada por eles. “O susto que nós passamos não queremos passar novamente. Parecia que alguma coisa estranha estava acontecendo, mas Deus ajudou para que nada pior acontecesse”, comentou. “Fechamos com a mesma imobiliária e amanhã estamos indo para essa casa”.
Segundo o superintendente interino da Defesa Civil, Josué Elias da Silva, as casas ficarão interditadas por tempo indeterminado, dependendo da realização de reparos no local, que serão feitos pela construtora. (EPTV)