O trecho do Rio Tietê que passa por Anhembi está tomado por plantas aquáticas e muito lixo. A situação representa prejuízo para os pescadores e empresários da região.
Os aguapés tomaram conta do boa parte do espelho do rio e o problema tem causado muitos transtornos, principalmente para quem depende do manancial para sobreviver.
Em um porto de areia que funciona na cidade, os tratores estão parados há dias e já não há funcionários trabalhando. Segundo a empresária Elaine Machado Marchi, dona do negócio, o estoque de areia já está no fim e o porto corre o risco de fechar as portas. Até agora, o prejuízo semanal é estimado em R$ 52 mil.
Além do transtorno aos empresários, a vegetação em excesso também vem represando lixo. Os moradores acreditam que os pilares de sustentação da nova ponte que está sendo construída no local ajudam a segurar o lixo.
A combinação de aguapés e de lixo cobrindo o Rio Tietê é um problema para os pescadores, que não conseguem se deslocar com seus barcos.
A diretora de Meio Ambiente de Anhembi, Bruna Cristina Rosato, diz que a prefeitura não pode e nem tem recursos próprios para realizar a limpeza do Rio Tietê, mas que está cobrando as autoridades responsáveis.
Segundo ela, a preocupação da prefeitura é porque dentro de 50 dias acontece na cidade a Festa do Divino, evento tradicional em que as embarcações vão para o rio e que atrai muitos turistas.
Outro lado
Em nota, AES Tietê, concessionária de geração de energia elétrica, informou que “reconhece o seu papel como uma das usuárias do recurso hídrico e que atende a todas as condicionantes estabelecidas pelo órgão ambiental para desenvolvimento de suas atividades”.
A empresa de geração de energia diz ainda que “não possui poder de polícia sobre as fontes de poluição do Rio Tietê”.
O Grupo Agis, responsável pela construção da ponte, não quis se pronunciar sobre o caso. (G1)