Um ajudante de caminhoneiro devolveu ao dono uma carteira com R$ 15 mil que havia sido deixada na mureta de um posto de combustíveis às margens da Rodovia BR-153, em Marília.
Em entrevista ao G1, Mauro Maurício, de 62 anos, contou que achou o dinheiro assim que chegou a um posto de combustíveis depois de um trabalho. Ele costuma ficar no estabelecimento em busca de caminhoneiros para ajudar.
"A carteira estava caída em uma mureta e nela tinham R$ 5 mil em dinheiro e vários cheques, sendo cerca de R$ 15 mil. Procurei o dono em todo lugar e não encontrei. Cheguei em casa e não consegui ficar quieto. Falei para minha mulher que iria devolver. Não posso ficar com o que não é meu", afirma.
Ainda segundo Mauro, foi então que um amigo da oficina que fica no posto ligou e falou de quem era a carteira, dizendo que era cliente dele e que saiu chorando porque tinha perdido.
“Poucas pessoas fariam isso. Se 99% pensassem assim, o mundo seria melhor. Não conseguiria comer um prato de comida comprado com esse dinheiro, porque saberia que não seria do meu suor”, diz.
Encontro
No dia seguinte, nesta terça-feira (23), Mauro se encontrou com o dono da carteira para devolvê-la. O dono é o comerciante Guilherme Henrique de Oliveira, 38 anos, que é de São José do Rio Preto (SP), mas trabalha pela região de Marília.
Ao G1, Guilherme afirmou que trabalha com recauchutagem de pneus e que frequenta o local onde perdeu a carteira. Porém, nunca havia visto Mauro. Além disso, ele conta que costuma andar com dinheiro para comprar pneus.
“Deu um frio na barriga quando perdi a carteira. Procurei em todo o lugar. Tinha cheque de clientes. Fui embora porque não tinha mais o que fazer, mas o dono da oficina me ligou de noite falando que encontraram”, afirma.
Para ele, a atitude de Mauro é exemplo de honestidade. “Hoje é raridade uma pessoa ter uma atitude dessas, pela quantidade de dinheiro que tinha, e ele entregou tudinho. Ele me disse ainda que trabalhou o dia inteiro e ganhou R$ 80 quando achou a carteira. É uma atitude dessas que todos devem ter, de honestidade”, afirma. (G1)