O superaquecimento de câmaras frias foi o que provocou o incêndio que destruiu o galpão da Ceagesp/Ceasa de Bauru (SP) em junho deste ano, de acordo com a Polícia Civil. O inquérito policial foi concluído e foi encaminhado para análise da Justiça.
O galpão abrigava 30 boxes e destruiu muitas frutas, verduras e legumes que estavam armazenados no local, causando grande prejuízo aos comerciantes. A Ceagesp de Bauru existe há mais de 40 anos e abastece várias cidades do centro-oeste paulista.
No dia do incêndio, foi necessário cerca de 30 homens de vários unidades do Corpo de Bombeiros, que trabalharam por cerca de duas horas para controlar as chamas.
Segundo o delegado responsável pelas investigações, Dinair José da Silva, o incêndio ficou caracterizado como crime de poluição ambiental.
Ele ressaltou que, apesar da perícia ter constatado o início das chamas nas câmaras frias, já que a fiação era antiga e não tinha manutenção adequada, outros fatores também contribuíram para que o fogo tomasse conta do local rapidamente.
Para a polícia, a quantidade de materiais inflamáveis depositados no local, como as caixas de madeira, pneus, além da própria construção de alvenaria do prédio e o fato do galpão estar fechado no momento do incêndio, ajudaram na propagação das chamas.
A polícia também informou que foi descartada a possibilidade do incêndio ter sido intencional, ou seja, provocado por ação humana.
O inquérito vai ser analisado pelo promotor Sérgio Paulo Foganholi. Ele informou que ainda não teve acesso ao documento, mas que assim que analisar, pode oferecer denúncia à Justiça, arquivar o inquérito ou pedir mais informações para a polícia.
Em nota, a Ceagesp informou que aguarda os trâmites finais de apuração da seguradora e da perícia para estabelecer um cronograma de ações.
A companhia disse que não houve a instauração de procedimento interno de investigação porque, conforme a vistoria, o incêndio foi um acidente e não há circunstâncias que justifiquem apuração de irregularidade administrativa ou responsabilização de funcionários.
Sobre a manutenção, a Ceagesp informou que os escombros estão sendo retirados e que estudos estão sendo realizados junto aos permissionários para a realização de ações preventivas no local.
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