Mais pacientes, mais leitos, mais medicamentos, mais mortes, mais horas trabalhadas, mais pressão. Desde março de 2020, a rotina dos médicos de Araraquara, assim como de grande parte das cidades do Brasil, se intensificou com o surgimento da Covid-19, mas nada se compara ao último mês.
Neste ano, a cidade com cerca de 240 mil habitantes bateu todos os recordes de contaminação, internação e mortes desde o início da pandemia. Em 55 dias de 2021 ultrapassou o número de mortes por Covid registrado em todo ano de 2020.
Do dia 1º de janeiro a 7 de março, 154 pessoas morreram em decorrência da doença. A cidade, que tem medidas restritivas de circulação, enfrenta uma crise hospitalar e já soma 15.519 infectados pelo novo coronavírus.
Desde o final de janeiro, com a mudança dos padrões da Covid-19 que a população araraquarense observa por meio de estatísticas de casos e mortes, os médicos sentem nas suas rotinas de trabalho diante do aumento de internações pelo que chamam de “atropelamento da doença”.
“Os dias estão ficando cada vez mais longos e as noites estão cada vez mais curtas”, descreve o pneumologista Flávio Arbex, que trabalha na linha de frente nas redes pública e particular desde os primeiros casos.
São muitos os médicos. A rede pública tem 281 profissionais exclusivamente na linha de frente do atendimento à Covid, dos quais 49 são médicos. Na Santa Casa, são mais 20 médicos na unidade respiratória, além de outros 67 profissionais (o Hospital São Paulo, da Unimed, não informou o número de profissionais). Mas, mesmo os mais de 70 médicos atuantes não são suficientes para tantos pacientes que precisam ser salvos.
Arbex é coordenador pela enfermaria Covid da Santa Casa e lembra que Araraquara foi exemplo no combate à doença em 2020. Com testagem em massa e o único hospital de campanha em toda a região, a cidade teve reconhecimento estadual e internacional. Mas tudo mudou a partir do meio de janeiro.
Avalanche
“Eu tenho a impressão que começou uma avalanche, um aumento do número de casos, do número pacientes internados e do padrão da doença. A doença mudou, ficou agressiva e começamos a internar e intubar pacientes mais jovens”, relata o pneumologista.
Segundo o médico, o aumento foi rápido e avassalador. “Intubação em paciente jovem, que eu fazia a cada mês, começamos a fazer duas, três vezes por semana. No meu consultório privado, que eu encaminhava paciente para internação uma vez por semana, eu passei a encaminhar dois a três por dia”, compara.
Os médicos ouvidos pelo G1 são unânimes ao apontar as últimas semanas de janeiro como início desse surto de Covid-19 em Araraquara.
A mudança no padrão da doença levou a Prefeitura de Araraquara a investigar as possíveis causas e a identificar, em um primeiro momento, 12 pacientes com a variante brasileira do coronavírus, chamada de P.1 e identificada pela primeira vez em Manaus.
Alta pressão
Se o aumento de internações é causado pela nova variante, ainda não é provado, mas uma coisa é certeza, tamanha demanda tem repercutido física e mentalmente nas equipes de saúde de todos os hospitais e pontos de atendimento da cidade.
“Gerou uma pressão muito grande nos profissionais de saúde. Eu me lembro no começo da pandemia, todo mundo inseguro. Agora foi um atropelamento. A doença mudou, ficou agressiva e mexeu muito com a gente, porque já estávamos cansados. É uma pressão psicológica enorme você intubar um paciente de 35, 40 anos e ele perguntar se vai ver os filhos novamente. Isso aconteceu comigo", conta Arbex.
"Quando o paciente é intubado, é porque ele não consegue mais respirar sozinho. Intubar é o último procedimento que a gente tem para manter a pessoa viva e perder um paciente jovem é um baque muito grande. Dói na gente, dói na equipe. É uma pancada, perder paciente não é fácil, isso incomoda muito a gente”, completa o médico.
Gastos, desgaste e prejuízos
A pressão da Covid o ginecologista e obstetra Antonio Carlos Durante, diretor hospitalar da Unimed, sente antes mesmo de o primeiro paciente ter sido atendido com a doença em Araraquara.
"Eu não consigo dormir porque eu fico preocupado em não ter respiradores, de passar por uma situação como Manaus e não ter respiradores para intubar um paciente”, diz.
Durante foi um dos responsáveis por preparar Araraquara para a pandemia. Ele começou a equipar o hospital São Paulo, em fevereiro de 2020, quando surgiram os primeiros relatos da doença na Europa.
“Ninguém estava preparado para uma tragédia tão grande com equipamentos. Então a gente dobrou todas as compras de insumos e EPIs por quatro meses e comprou sete respiradores”, conta.
Em 11 de março, quando os casos mal haviam começado em Araraquara, o hospital São Paulo, que era 65% cirúrgico, suspendeu todas as cirurgias que precisassem de UTI.
“Nós nunca mais voltamos totalmente”, diz Durante. As cirurgias eletivas também foram suspensas mais tarde. “Hoje, nós só estamos operando câncer, fratura, partos e urgências porque nossos leitos de cirurgia clínica se tornaram leitos Covid.”
O gripário que foi montado no hospital começou com 10 leitos UTI e 12 leitos de isolamento no térreo. Hoje, a ala Covid conta com 98 leitos de UTI e ocupa dois andares do hospital e, mesmo assim, todos os leitos de intubação estão ocupados.
Em 2020, a Unimed gastou R$ 7 milhões no atendimento aos pacientes com Covid-19. Isso foi antes do surto que atingiu a cidade neste ano. Agora, para se ter uma ideia, a quantidade de medicamentos usados na intubação que era suficiente para um mês no ano passado, atualmente dá para uma semana.
Esse é só um indicador de como aumentou o trabalho dentro dos hospitais. O outro, segundo o diretor, pode ser visto no rosto dos funcionários:
“Com falta de pessoas na área da enfermagem, com falta de médico e funcionários, o pessoal está se desdobrando. Os profissionais de saúde foram o nosso braço direito e agora a gente faz reunião e você vê que o pessoal tá acabado. Eles querem cama, mas não conseguem dormir."
Para muitos médicos, o ano de 2020 foi pautado pelo atendimento à Covid, com poucos atendimentos em suas especialidades. “Com o hospital reduzido, os médicos passaram por alguma dificuldade financeira porque não tinha cirurgias, os consultórios também caíram muito”, conta Durante.
Mesmo assim, ele considera que no ano passado foi possível lidar com a doença de uma forma efetiva. Para ele, o grande aliado foi a testagem em massa, feita pela Unesp, que possibilitava resultados mais rápidos que os do Instituto Adolfo Lutz que tinha todo o estado para atender, e dava condições de um tratamento rápido e o monitoramento dos pacientes contaminados em Araraquara.
Relação com o paciente
A pressão não ocorre só dentro da enfermaria e da UTI. A Covid trouxe uma nova função aos médicos: por causa do isolamento ao qual os contaminados com o coronavírus são submetidos, os profissionais de saúde passaram a ser o contato dos familiares com o paciente. Mais uma carga emocional agregada ao trabalho.
“É uma doença que causa muito pânico. É todo dia ligando para a família, passando informação, porque a família não tem acesso ao paciente, então isso traz uma pressão psicológica muito alta porque é passar notícia todo dia e nem sempre é notícia boa”, conta o oncologista Luís Henrique de Carvalho.
“Na consulta pós-alta, no meu consultório eu nem quero olhar para a cara do meu paciente porque ele eu conheço. Eu quero é conhecer o acompanhante, aquela pessoa que eu ligava todo dia, que eu sofri junto com essa família, com as mensagens que eu passava todo dia. Geralmente são encontros emocionantes”, conta.
Carvalho aceitou o chamamento do hospital São Paulo aos médicos com experiência em UTI e desde o início da pandemia dá plantões nessa área. Acostumado a tratar casos graves devido a sua especialidade, ele reconhece que não estava preparado para a agressividade da Covid.
“Pessoas que em uma semana não tem nada e na outra semana estão lutando pela vida, eu nunca tinha pensado em passar por isso. Chegar ali e ver uma pessoa ativa, que há pouco tempo estava tocando a sua vida, com família e, de repente, ela chega na sua frente com falta de ar e a situação não consegue ser resolvida e ela falece, essa cena tem sido rotineira. O maior peso que a gente sente nas costas agora é esse: como a gente defende essas pessoas? Tem certos momentos que a gente acha não consegue defender, é muito difícil”.
As perdas têm se acumulado nas estatísticas e na mente dos médicos e profissionais de saúde da linha de frente da Covid de Araraquara.
“Uma pessoa querida, extremamente jovem, que quando chegou à UTI ainda estava falando da filha recém-nascida de poucas semanas, perdeu a vida. Essas marcas a gente não consegue tirar, a gente não consegue ir para casa e apagar isso e chegar lá no outro dia e trabalhar como se não tivesse acontecido, pelo contrário, essas marcas estão ficando cada vez mais pesadas”, afirma Carvalho.
O médico relata que nos dois últimos meses, essa sensação de peso tem aumentado e tem se associado à ansiedade de saber que mais pessoas ainda irão passar pelos leitos de UTI.
“Parece que a gente não tinha noção de como a Covid poderia ser algo desgastante e agora tem. O que a gente vê da equipe é cansaço, o próprio hospital fazendo esforços intensos para aumentar muito a área de internação e UTI, hoje ela é três vezes maior, e o que deixa a gente angustiado é que mesmo assim não dá conta. A gente fica olhando com certa angústia e ela é persistente o tempo todo na unidade intensiva porque não sabemos se damos conta da situação daqueles pacientes que a gente tem lá e tem certeza de que tem gente fora também em grave estado de saúde precisando chegar na unidade, é muito difícil.”
A rotina extenuante tem abalado os médicos mas, mesmo parecendo que não tem fim, segundo Carvalho, ninguém pensa em desistir e todos se colocam à disposição sempre que é necessário.
“Eu me apego muito no ‘Isso vai passar’. Nesse momento a gente está aqui em Araraquara sofrendo esse tsunami porque foi uma avalanche mesmo o que aconteceu aqui. Mesmo cansados, a cada plantão que a gente dá é uma rotina muito difícil, muito dura de trabalho, mas respiramos fundo e voltamos e trabalhamos porque nesse momento os recursos daquelas pessoas somos nós. Então temos que buscar os melhores protocolos, fazermos da melhor maneira, sermos criteriosos e extremamente ativos porque o recurso que eles têm somos nós e isso faz com que a gente respire fundo e siga adiante.”
Segundo o oncologista, neste momento, os médicos estão contando muito com a colaboração da população.
“Se eu puder deixar um recado para os outros é que se protejam, evitem contato com os outros, aglomerações, pensem que a sua proteção é a proteção do outro também, se você não se protege, coloca outros em risco, e o que a gente tem visto aqui são pessoas morrendo, jovens, uma atrás da outra. Todo dia morre alguém e não é uma, todo dia morre algumas pessoas aqui e muitas vezes a gente não leva em consideração que essa proteção ela vai para o outro”, diz.
Dedicação x negação
A médica Celina Gail Hoehr estreou no combate à Covid junto com a inauguração do hospital de campanha da cidade que ganhou o nome de Hospital da Solidariedade e, até o final do ano passado, também trabalhava na UPA da Vila Xavier, polo primário de atendimento a pessoas com sintomas gripais.
Com o agravamento da doença na cidade, neste ano, ela passou a se dedicar integralmente aos pacientes do hospital de campanha.
“A gente tinha em média, no início, poucos pacientes, em torno de 10. Na pior época de 2020, em agosto, chegou a uma média de 20 pacientes em enfermaria. Hoje, a gente conta com 31 leitos de enfermaria sem vaga nenhuma. Antes, a gente trabalhava entre 50% a 60% das vagas e a gente conseguia mandar para UTI quando estabilizava o paciente, agora não tem essa possibilidade”, relata.
Entre 6 de fevereiro e 2 de março, Araraquara não teve as UTIs pública e particular lotadas por apenas dois dias. Em várias noites, foram registradas filas de ambulâncias na porta do hospital de campanha com pacientes esperando para serem internados.
“Causa muita preocupação porque a gente recebe pacientes de várias cidades. A gente tem um centro de regulação e recebe ligações de médicos de outras localidades e, infelizmente, tem que negar vagas porque a gente não tem. Além de sabermos da preocupação dos nossos colegas em locais mais distantes, que vão ficar com paciente grave nas suas unidades sem estrutura, tem também os nossos pacientes mais graves sendo tratados em locais que não deveria até conseguir uma vaga”, afirma.
A preocupação com os pacientes que aguardam por vaga só não é maior do que o cuidado com as pessoas que já estão internadas em tratamento. “A gente está trabalhando a 100%, a gente precisa dar alta para poder receber mais pacientes e sofre essa pressão de precisar dar alta, mas a gente não dá alta precoce porque tem pacientes que demoram mais tempo para se recuperar e outros menos tempo”, explica.
Com o aumento no número de pacientes, também veio o aumento de leitos. Somente no último mês, Araraquara abriu 70 novas vagas, mas o número de médicos não aumenta na mesma proporção. A maior dificuldade que a prefeitura tem encontrado é contratar profissionais para o atendimento desses leitos.
“É uma equipe treinada que não tem medo. Vigilância respiratória requer tempo e dedicação, a gente precisa ficar com o paciente, tem que se envolver com o paciente não é só passar e monitorar. Quando a gente contrata tem que ter um tempo para aprender, não é só abrir concurso e contratar, às vezes a pessoa não tem perfil, tem medo", afirma.
Ela ressalta a coragem dos profissionais que estão na linha de frente.
"Não é todo mundo que está disposto a encarar um vírus de frente, e a gente desenvolve isso há um ano, mesmo tendo família, não vendo marido. Faz um ano que eu não vou a um bar, é difícil. Estamos falando de médicos, mas é um grande desafio trabalhar com menos técnicos, menos enfermeiros , tem toda uma equipe, fisioterapia, todos esses profissionais já estão esgotados e trabalhando muito a mais. Limpam fezes, urina, vômito, paciente tosse na sua cara, você volta pra casa pensando: ‘foi dessa vez que eu me contaminei!’.”
A médica defende o trabalho que está sendo realizado na rede pública e ressalta que Araraquara não irá sair dessa situação sem a contribuição da população.
“É desafiador para a gente o negacionismo de uma parte da população que não acredita no que está acontecendo. A gente como profissional trabalhando duro, fazendo o melhor que a gente pode pelos pacientes e pelas famílias e ainda tendo que perceber esse descrédito, é muito difícil, é muito estresse”, lamenta.
“É uma questão de conscientização também, é bar, shopping todo mundo quer lazer. Está todo mundo cansado de ficar em casa, mas não tem o que fazer, não tem alternativa. Eu não tenho momento de lazer, eu não tenho coragem de sair eu tenho medo de transmitir é uma questão ética minha, eu vejo tanto sofrimento”, afirma.
Sem tempo para a família
O medo de se contaminar e contaminar outras pessoas está sempre presente na vida desses profissionais. O aumento de casos trouxe outro triste fator para o tratamento da doença. Não é raro ter mais de uma pessoa da mesma família contaminados.
“Essa doença é uma tragédia familiar, é justamente em casa que a pessoa se desprotege, porque está entre os seus e acha que não tem problema e é no dia a dia que a gente vê famílias e famílias contaminadas porque você baixa a guarda com a família”, diz Arbex.
O cenário faz com que os médicos se preocupem com suas próprias famílias, fazendo com que o pouco tempo que eles estão conseguindo passar com seus familiares seja ainda mais criterioso.
“Eu positivei em junho do ano passado, eu não desenvolvi sintomas, também nunca mais positivei. Em relação a si mesmo gente perde um pouco o medo. Eu trabalho 60 horas semanais só com pessoas positivas, mas eu não perco o medo de contaminar. Meu marido não vem para casa desde dezembro do ano passado, eu sou mãe, tenho uma filha em casa, em função disso acaba diminuindo o toque, nesse sentido eu tenho medo e tento proteger ela, é bem difícil, diz Celina.
“Já virou quase um protocolo em casa, é uma forma diferente de entrar em casa, eu tomo banho separado, eu faço todos os processos separados, lavo minha roupa de forma separada e aí eu vou ter contato com a minha família. Eu chego em casa e tenho que esperar o meu filho para que ele não me veja ou se ele me ver que ele se contenha um pouco porque ele já sabe que 'papai precisa tirar o coronavírus' e depois de tudo isso que eu volto para o convívio”, conta Carvalho. A gente acaba aprendendo mais, aprendendo a aproveitar e tentar viver a vida, conclui.
“Eu acredito que eu peguei o vírus em um procedimento na UTI. Eu contaminei a minha esposa e eu tenho um filho de 1 ano e meio que eu praticamente não vejo. Não foi agressivo em mim ou na minha esposa e meu filho não pegou, mas a fica toda a preocupação porque a gente vê o que a gente vê, a gente sabe o que pode acontecer, foi uma pressão alta psicológica, mas todos nós passamos bem por isso”, afirma Arbex.
Lockdown
Os médicos concordam com a quarentena imposta pela prefeitura de Araraquara. Diante da lotação do sistema de saúde, a cidade foi totalmente fechada em 21 de fevereiro e agora passa por um processo de retomada das atividades gradual.
“A gente precisa de um momento para respirar, para se preparar”, defende Durante. “Os feriados a partir de novembro e as festas de fim de ano tiveram um reflexo no aumento de casos, mas não chegou a um décimo disso. Antes a gente teve tempo de se preparar e nos estruturarmos para atender. Agora, nós fomos atropelados por um vírus mais virulento que traz uma doença mais grave e mais rápida”, diz.
O hospital São Paulo, da Unimed, atende cerca de 160 pessoas por dia no covidário e os diretores já estudam aumentar leitos de intubação, que estão todos ocupados.
“Nós estamos todos os dias atrás de respiradores, tecnologia nova, mascara nova, já estudamos outras contingências [do hospital para aumentar a área Covid] se a coisa piorar, nosso propósito é não deixar morrer gente”, afirma Durante.
Todos são atentos à curva de transmissão e são unânimes em afirmar que se ela não regredir, o sistema de saúde não suportará a demanda de pacientes.
“A média de internação é de 7 a 10 dias em enfermaria e ate 14 dias na UTI isso quebrou o sistema de saúde. As pessoas olham muito o número de mortes, mas o número de mortes é um marcador tardio. A lógica é a gente já chegou ao colapso, então imagina como será nos próximos dias porque a contaminação de hoje vai refletir daqui sete, 10 e até 15 dias", afirma Arbex.
Segundo o último boletim epidemiológico, Araraquara tem mais de mil pacientes em quarentena, e a tendência é que pelo menos 5% deles vão precisar de internação.
“Não existe possibilidade de sair dessa situação que é trágica e catastrófica se a população não colaborar. A gente precisa diminuir a circulação desse vírus de maneira urgente porque nós não vamos dar conta de atender todas as pessoas doentes”, afirma Arbex.
“Se a gente não diminuir a curva de transmissão, a gente não vai conseguir dar conta. Se realmente tiver isolamento, eu acho que em um mês e meio a gente consegue desafogar, mesmo se tiver mais leitos, falta ainda muita coisa por parte da população, falta responsabilidade", afirma Celina.
Reportagem EPTV