O preço do café disparou no país e, dependendo do estabelecimento, pode pesar muito mais no bolso do consumidor. Pesquisa da Proteste Associação de Consumidores antecipada ao g1 mostra que consumir um café expresso com um pão na chapa fora de casa em um mesmo estabelecimento em São Paulo ou Rio de Janeiro custa entre R$ 7,95 e R$ 16. Ou seja, uma variação de até 100%.
O café expresso foi encontrado em São Paulo pelo valor mínimo de R$ 4,50, e máximo de R$ 10, uma variação de 122%. No Rio de Janeiro, os preços variaram de R$ 5 a R$ 8, uma diferença de 60%. Já o comparativo de preços do café com leite e do pão na chapa, a diferença foi ainda maior.
Embora lojas especializadas ou gourmet possuam tradicionalmente preços mais altos que os de padarias ou estabelecimentos tradicionais, foram verificadas variações de preços significativas até mesmo no mesmo bairro e na mesma rua.
Na cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, foi encontrada uma diferença de R$ 4,80 para a compra de café expresso com pão na chapa para lojas situadas a cerca 9 minutos de distância uma da outra.
Para a compra de um café expresso com um pão na chapa, o consumidor carioca desembolsa entre R$ 8 e R$ 16. Em São Paulo, o custo dos dois itens foi encontrado entre R$ 7,95 e R$ 15,50.
O levantamento de preços foi realizado entre os dias 18 a 28 de fevereiro nas cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, a partir da coleta de preços de mais de 80 estabelecimentos entre cafeterias, confeitarias, delicatessen, lanchonetes e padarias.
Segundo a associação, o levantamento reforça a importância do hábito de pesquisar preços e de consultar valores antes de efetuar qualquer compra.
"O levantamento de preços mostrou que a discrepância, dentro de uma mesma cidade e entre estabelecimentos semelhantes, é exorbitante. O café da manhã, seja do carioca ou do paulistano, pode pesar muito no bolso e a recomendação é a mesma de sempre, mas que nunca falha: pesquisar”, afirma diz Henrique Lian, diretor da Proteste.
Em São Paulo, por exemplo, a economia na compra de um café expresso pode chegar a até R$ 5,50. "No caso desta pessoa beber um café por dia útil, considerando que o mês tenha 22 dias uteis, a economia seria de R$ 121 no mês e, projetando para 11 meses (tirando um mês de férias), ela economizaria R$ 1.331 no ano", observa a Proteste.
Dados do IBGE mostram que o preço do café moído acumula alta de 61,19% em 12 meses, só perdendo para a inflação da cenoura (83,42%). Com a disparada do preço do trigo após a invasão da Ucrânia pela Rússia, a expectativa é que o pãozinho francês fique também mais caro nos próximos meses.
Dicas para economizar fora de casa
A Proteste lista as seguintes dicas para ajudar o consumidor a economizar:
• Leve um lanche de casa: no intervalo do trabalho, costuma ser grande a tentação de comprar um sanduíche, um salgado ou doce para matar a fome, aumentando as despesas do dia. Crie o hábito de levar algumas coisas de casa, como fruta, biscoitos, barrinhas de cereal, iogurte, enfim, o que preferir;
• Corte a sobremesa: o consumidor pode preparar um doce em casa, para comer em outro momento, satisfazendo a vontade de comer uma guloseima sem aumentar a média diária gasta em restaurantes;
• Faça seu café: em vez de parar na lanchonete para tomar um “pingado” ou mesmo pedir um expresso, o consumidor pode trazer café de casa ou tomar na cafeteira do escritório;
• Explore bem a região do trabalho: tirar um tempinho para explorar melhor os arredores pode ajudar a ampliar o leque de opções e a diminuir os gastos médios com alimentação e lanche.
G1