Do G1 - A equipe do Sesi-Senai de Bauru (SP) conquistou três prêmios em um torneio internacional de robótica. A competição, voltada para alunos do ensino médio, foi realizada entre sábado (6) e domingo (7), no Rio de Janeiro, e os estudantes voltaram para a cidade com as medalhas no pescoço.
O time do ensino articulado de Bauru faturou os títulos de melhor equipe, robô com maior autonomia e melhor aluno da competição.
Na chegada, os participantes foram recebidos com festa e ainda seguiram em carreata com a viatura dos bombeiros para comemorar o prêmio.
Os nove estudantes competiram contra outras 28 equipes de todo o Brasil. A equipe foi acompanhada pelo diretor do Senai e por mais quatro mentores.
Ao g1, o diretor do Senai, Ademir Redondo, comentou como é gratificante levar os alunos a esse nível de ensino de tecnologia, já que o robô foi 100% construído na escola, em 40 dias (assista abaixo à equipe construindo o robô).
"Gratificante porque nossa missão é formar esses alunos, com a mão de obra especializada. Esse 'algo a mais' é a diferenciação para o mercado de trabalho. Para esse projeto, os alunos receberam um descritivo, sem maiores detalhes. Eles tinham um prazo apertado de 40 dias, foram testando, aperfeiçoando e finalizaram no tempo necessário", comemora.
Segundo o diretor, a competição envolvia a programação do robô, o treino do piloto, além de toda a articulação. A competição consistia em fazer o robô acertar as bolas de basquete na cesta.
Apesar das expectativas altas, Ademir lembra que, na primeira partida, a equipe ficou em 17º lugar. Contudo, o resultado não foi suficiente para desanimar a equipe. Ao contrário, mantiveram os "pés no chão" para repensar as melhorias.
"Conversamos muito, lutamos até o último momento e isso serviu para que a gente tivesse esperança. Durante as classificatórias, subimos de 17º para 15º, depois para 11º, 8º e, na última partida, terminamos em 2º lugar no sábado", lembra.
Para alcançar o primeiro lugar, a equipe precisava vencer, mas, além disso, precisou torcer para que tanto o primeiro colocado quanto o terceiro perdessem a partida. E assim foi feito (assista acima ao momento em que a equipe ganha o prêmio).
"A torcida foi forte. Chegamos ao primeiro lugar na final. Foi uma choradeira, uma recompensa de todo o esforço, começamos desanimados e terminamos fervorosos", celebra.
Por se tratar de uma competição internacional, Ademir ainda ressaltou que os alunos precisavam apresentar os resultados do projeto em inglês. De lá, o diretor pontua que trouxe aprendizado e o incentivo a educação.
"Levamos o aprendizado e a formação do caráter, de trabalhar em equipe, buscar a perfeição naquilo que faz, o incentivo à educação", pontua.
Antes de seguirem ao Rio de Janeiro, o diretor afirmou que a equipe foi para Nova Iorque, em março, para o mesmo torneio. Contudo, naquela ocasião, perderam nas semifinais.
No fim, terminaram em 8º lugar com o prêmio de melhor equipe em empreendedorismo, já que conseguiram diversos patrocínios. Mais que isso, aperfeiçoaram o robô, que passou a lançar o dobro de bolas nas cestas de basquete.
Já em solo carioca, comemora que foi a única escola que ganhou três prêmios: o primeiro lugar como melhor equipe, o robô com maior autonomia, já que ele conseguiu fazer mais cestas sozinho, sem um piloto, e, por último, o prêmio do melhor aluno, já que foi categorizado como o com melhor perfil para incentivar o estudo, a educação.
O prêmio de melhor aluno do torneio ficou para Gustavo Mendonça de Toledo. Ao g1, ele ressaltou que o título agrega para o seu futuro, em especial para ingressar em uma boa faculdade.
"Quero seguir na faculdade de engenharia, especialmente em automação e controle. Eu nunca vou esquecer esse prêmio", celebra.