A fábrica emprega direta e indiretamente 1 mil e 100 funcionários, com previsão de duplicação da capacidade.
Foto João Reis/JKASITES. A Syngenta inaugurou oficialmente nesta quarta-feira, 13, em Itápolis, uma fábrica para a produção de Plene, uma tecnologia inovadora, desenvolvida no Brasil para simplificar e aumentar a eficiência do plantio dos canaviais. No evento, estiveram presentes, entre outros, o secretário de Produção e Agroenergia do Ministério da Agricultura, José Geraldo Fonteles, a secretária de Agricultura e Abastecimento do Estado, Monica Bergamaschi, prefeitos, vices, secretários e vereadores de Itápolis e região, além dos diretores da Syngenta no Brasil e exterior. Os diretores da Fm 104, Mauro Guerra e Ernesto Garcial também estiveram presentes para prestigiar o evento.
A empresa já investiu na fábrica 100 milhões de dólares e acaba de anunciar que planeja investir na duplicação da estrutura e capacidade produtiva da fábrica, devido a excelente receptividade e crescente demanda pela tecnologia.
De acordo com Antonio Carlos Guimarães, diretor geral da Syngenta na América Latina, desde o início do cultivo de cana no País, em 1532, pouco se investiu em tecnologia e seu plantio continua sendo feito basicamente da mesma forma. “A Syngenta lançou o desafio de encontrar soluções que aumentassem a produtividade de forma sustentavel e eficiente. Para isso, investimos 1,2 bilhões de dólares em pesquisa no mundo. Nosso time de pesquisadores, aqui do Brasil, descobriu essa nova tecnologia através da Plene, que está revolucionando o setor”, disse Guimarães, durante a inauguração da fábrica.
Daniel Bachner, diretor Global de Cana de açúcar da Syngenta, disse que “os desafios para aumento da produtividade são vários. Somente com a integração de tecnologias e conhecimento poderemos trazer a cana um salto produtivo e sustentável e Plene é uma das respostas para isso. O potencial de receita de Plene é de 500 milhões de dólares. Trata-se de um dos principais projetos da Syngenta no mundo, e o mais importante em toda a América Latina”.
Para José Geraldo Fonteles, esse tipo de iniciativa é fundamental para o desenvolvimento do País. “Tecnologia é desenvolvimento. A cana já é um instrumento de alavancagem de progresso do País e com esse tipo de iniciativa, o Brasil será ainda mais respeitado na atividade agrícola”.
Tecnologia Plene
Plene é uma tecnologia que revoluciona o manejo da cultura, ao oferecer toletes de cana de apenas 5 centímetros, tratados contra doenças e pragas, garantindo sanidade, pureza e rastreabilidade no plantio. Além disso, a adoção de Plene viabiliza uma menor compactação do solo ao possibilitar o uso de equipamentos menores e mais leves. “Unindo tecnologia, serviços e conhecimento, Plene exemplifica o conceito de soluções integradas da Syngenta, no qual vamos além de um único produto, pensando na melhor resposta para as reais necessidades do produtor” diz Antonio Carlos Guimarães.
A tecnologia representa uma evolução em relação ao sistema convencional, no qual são usadas colmos de 40 centímetros e até 18 toneladas de cana para plantio de um único hectare, enquanto Plene requer apenas 1,5 tonelada para a mesma área.
O setor sucroenergético tem o grande desafio de aumentar a produtividade dos campos para atender a crescente demanda por mais energia e alimento. Como um canavial pode passar por até cinco colheitas antes de ser replantado, o estabelecimento da cana no solo é um ponto crucial para que cada safra seja produtiva. Plene contribui para isso possibilitando que a cana se enraíze melhor, garantindo um melhor estabelecimento das plantas, um perfilhamento mais equilibrado e redução de custos.
Syngenta em números:
Investimento em Itápolis: US$ 100 milhões
Potencial de negócio de Plene: US$ 500 milhões
Grupos sucroenergéticos com contratos/em negociação para compra de Plene: 50
Fábrica da Syngenta em Itápolis: 480 mil metros quadrados
Empregos diretos e indiretos gerados em Itápolis: 1100
Produção de toletes de cana por segundo: 400
Capacidade anual de produção de mudas: 3,5 milhões de unidades
Média estimada de ganho de produtividade com a tecnologia plene: 15%