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Ministério da Agricultura faz leilão para compra de agricultores de SP e MG.
Economia e Negócios
Publicado em 11/10/2012

 

Produtores reclamam de burocracia para participar de leilões de laranja
 
O Ministério da Agricultura realiza nesta quinta-feira (11) mais um leilão para a compra de laranja de agricultores de São Paulo e Minas Gerais. Na primeira tentativa, só um quarto da oferta foi comercializada. A reclamação dos produtores é de excesso de burocracia na hora de participar do evento.
 
Em Matão, na região central de São Paulo, os pés estão carregados, mas ainda não têm comprador. São 25 mil árvores com frutas do tipo valência, uma variedade tardia. O medo do agricultor Adriano Davoglio é de perder toda a produção, como aconteceu com a laranja precoce.
 
O prejuízo só não foi maior porque o agricultor participou de um leilão realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB). No primeiro leilão, a caixa de laranja foi vendida pelo preço mínimo de R$ 10,10, sendo que R$ 3,10 foram subsidiados pelo governo. Havia uma oferta de 4,5 milhões de caixas, mas apenas um quarto foi arrematado.
 
Cento e três agricultores de São Paulo e Minas Gerais participaram da venda. Um número bem abaixo dos dois mil citricultores que o Ministério da Agricultura gostaria de atingir. Segundo os agricultores, um dos motivos para a baixa adesão é a quantidade de exigências para fazer parte do leilão.
 
Cada produtor só pode vender até 20 mil caixas de laranja. É preciso ainda ter contrato com a indústria. O agricultor não pode ter restrições nem com a Receita Federal nem na área trabalhista e as negociações precisam ser intermediadas por um corretor de valores.
 
O agricultor Sérgio Spagnolo, que tem 33 mil pés na propriedade de 770 hectares em São Carlos, perdeu todos os frutos da variedade precoce. Mas nem este prejuízo animou o citricultor a participar dos leilões.
 
O diretor do Departamento de Comercialização e Abastecimento do Ministério da Agricultura, Edilson Guimarães, disse que as regras sobre a quantidade de caixas e a obrigatoriedade de contrato com a indústria foram definidas em conjunto com o setor. Já a intermediação, por meio de corretoras, e a idoneidade fiscal e trabalhista são exigências dos programas mantidos pelo governo e valem para todos os produtores em geral.
 
Do Globo Rural
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