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Falta de chuvas deve prejudicar lavouras de cana-de-açúcar
Economia e Negócios
Publicado em 18/01/2014

chuvacana

A ausência de chuvas regulares no interior do Estado de São Paulo desde dezembro do ano passado e a previsão de menos água para janeiro deve prejudicar as lavouras de cana-de-açúcar, impedindo o crescimento e o desenvolvimento da planta.

A expectativa, segundo a meteorologia, é de um janeiro menos chuvoso, com índices abaixo da média histórica do mês, que é de 280 mm. Segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), a previsão é que não chova nem metade disso.

Luiz Antonio Dias Paes, gerente para comercialização de variedade de cana do CTC (Centro de Tecnologia Canavieira), afirmou que há risco de prejuízos nas lavouras se a seca persistir.

"Temos temperatura, boa radiação solar, mas falta chuva, o que impede o desenvolvimento da cana. Se continuar essa estiagem, preocupa para o setor. A planta deixa de gerar carboidrato e produz menos", afirmou.

Segundo o CTC, o normal do mês é chover entre 230 mm e 280 mm, mas até agora choveu pouco: 77 mm em Piracicaba (160 km de São Paulo), 17 mm em Ribeirão Preto (313 km de São Paulo) e 80 mm em Ourinhos (378 km de São Paulo).

E não há perspectivas de chuvas constantes até o final de janeiro –só pancadas, o que é ineficaz para a agricultura, já que não permite a infiltração da água no solo.

Marcelo Schneider, meteorologista do Inmet, disse que o nível de chuvas de dezembro já havia sido baixo. A região de Votuporanga (521 km de São Paulo) registrou índice pluviométrico de 141 mm, quando a média do mês é de 285 mm. Em São Carlos (232 km de São Paulo) o índice atingiu 120 mm, mas a média é de 263 mm.

"Até sábado deve ocorrer pancadas de chuvas pelo interior, mas depois disso, não haverá chuva constante. O mês será menos chuvoso em relação à média [280 mm]."

Sérgio Prado, representante da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar) disse que, por enquanto, a análise é preliminar e não dá para prever impacto para o consumidor. "Só vamos ter um panorama sobre eventuais prejuízos em abril. Antes, é precipitado dizer algo.

Da Folha de São Paulo

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