Uma nova edição do Inventário Nacional de Emissões de Veículos, lançado esta semana pelo Ministério do Meio Ambiente, referente a 2012, apontou queda nas emissões de gases provenientes de automóveis, motos, caminhões e ônibus, como o monóxido de carbono (CO) e óxido de nitrogênio (NOx), mesmo com o aumento da frota no país.
Na comparação com o dado de 2009, ano da primeira edição do levantamento, a frota do país subiu de 38,4 milhões de veículos para 48,7 milhões. Ainda assim, houve queda de 16% nas emissões de CO; redução de 12% na liberação de material particulado (poeira, fumaça e outras partículas prejudiciais suspensas na atmosfera); e diminuição de 7% na liberação de metano (CH4).
Em comparação com 2002, quando a frota nacional era de 24,3 milhões de automóveis, a queda de emissões de gases automotivos é maior: redução de 52,1% no lançamento de CO; diminuição de 45,2% na quantia de MP e corte de 12,9% do total de NOx – elemento que, aliado a outros compostos, produz ozônio, gás que pode causar inflamação nas vias respiratórias e elevar chances de doenças cardiovasculares.
Mas o crescimento da quantidade de veículos nas ruas aumentou as emissões de gases de efeito estufa, como o dióxido de carbono (CO2) e o CO2 equivalente – índice que soma a concentração do CO2, metano, óxido nitroso e outros gases.
Em 2012, automóveis de passeio foram responsáveis por 38% das emissões de CO2 no país, elevação de 25% em comparação com 2009 e de 56% em relação a 2002.
Segundo o governo, o inventário mostra que o Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores (Proconve), que determina limites para emissão de poluentes por veículos automotores e motocicletas, está funcionando e também alerta para que mais medidas de incremento ao transporte público e gestão da mobilidade urbana sejam realizadas e, com isso, reduzidas as emissões de gases de efeito estufa.
G1