Nesta época do ano, se o clima está bom, as máquinas não param. O algodão está no ponto e o agricultor não pode perder tempo para colher a safra. Wilhelmus Beckers tem 90 hectares cultivados em Itapeva (SP). Ele, assim como outros produtores do município, teve que antecipar a colheita por causa da previsão de aumento da umidade e da queda de temperatura. O problema é que muitos botões, as maçãs do algodão, deixaram de abrir.
Apesar dos problemas climáticos, a pluma não perdeu qualidade e o produtor espera colher 330 arrobas por hectare. Isso é bem parecido com o resultado do ano passado, mas os preços estão melhores agora.
Segundo Beckers, a pluma foi comercializada, em média, a R$ 83 no ano passado, sendo que nesta safra já alcançou entre R$ 90 e R$ 93, um aumento de 15%.
Tudo que é colhido segue para uma cooperativa em Campos de Holambra, distrito de Paranapanema (SP). O algodão é descompactado dos fardos e passa por um processo de retirada de umidade e de limpeza até ficar pronto para o beneficiamento.
O caroço é vendido para alimentação do gado. Já a pluma é prensada em fardos de 200 quilos que são comercializados para as indústrias de fiação. (Nosso Campo)