O sistema de Alerta Fitossanitário do Fundecitrus, que monitora a presença do psilídeo Diaphorina citri em armadilhas instaladas no parque citrícola de São Paulo e Minas Gerais, registrou um aumento de 52% na captura do inseto em agosto quando comparado com julho. O incremento na incidência do psilídeo, inseto transmissor do greening (huanglongbing/HLB), aponta para a necessidade de intensificação do seu controle.
De acordo com o engenheiro agrônomo do Fundecitrus, responsável pelo sistema, Ivaldo Sala, um dos principais motivos para o aumento da população do inseto foi o incremento das brotações das plantas. “Das armadilhas monitoradas pelo sistema, 45% estão instaladas em árvores com estágios vegetativos iniciais, os preferidos pelo psilídeo para se alimentar e reproduzir”.
As brotações são portas de entrada na planta para uma série de microrganismos, inclusive a bactéria do greening, levada pelo psilídeo. As pesquisas do Fundecitrus mostram que, por causa da maciez do tecido em desenvolvimento e da qualidade nutricional, o inseto prefere predominantemente os brotos novos do que as folhas maduras para se alimentar e reproduzir.
“Acompanhar a dinâmica da brotação e intensificar as pulverizações quando surgem os surtos e durante o crescimento dos brotos são fundamentais para o sucesso do controle. E isso é ainda mais importante nas bordas das propriedades, por onde entram os insetos vindos de fora, que muitas vezes se alimentaram em plantas doentes e trazem a bactéria. Trata-se de uma adequação em relação ao que o citricultor que se previne já faz”, diz o pesquisador do Fundecitrus Silvio Lopes.
Para ajudar a controlar o psilídeo, o sistema de Alerta Fitossanitário irá emitir comunicados aos produtores nos períodos de alta população do inseto e, consequentemente, contaminação das plantas. O sistema conta com o apoio da Empresas Amigas do Citricultor: Bayer CropsCience, Syngenta, Koppert e FMC. (Fundecitrus)