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Greening aumenta e atinge 37 milhões de laranjeiras em SP e MG, aponta o Fundecitrus
Economia e Negócios
Publicado em 01/08/2019

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A doença greening aumentou e atinge 19,02% dos pés de laranja do cinturão citrícola, que abrange municípios de São Paulo e Minas Gerais. Cerca de 37,1 milhões de árvores apresentam sintomas. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (31) pelo Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), em Araraquara.

Greening é considerada a pior doença da citricultura, não tem cura e pode levar a queda de produção da planta.

O aumento da doença em relação ao ano passado foi de 4,8%, mas o número de plantas doentes pode ser maior porque a doença pode demorar a manifestar sintomas nas laranjeiras.

É o segundo ano consecutivo que é registrado o crescimento da doença após dois anos de leve queda.

Região

A região de Brotas é a mais afetada com 55,10% das plantas doentes. De acordo com o gerente geral do Fundecitrus, Juliano Ayres, a alta contaminação está relacionada ao perfil da região.

“Ali tem muitos pequenos e médios citricultores. O tamanho da propriedade impacta porque o inseto [transmissor da doença] vem da área externa para interna, quanto menor a propriedade, mais difícil controlar. O clima na região é mais ameno e mais favorável para a população do inseto e da bactéria e também a doença surgiu nessa região e as propriedades foram afetadas logo no primeiro momento", afirmou.

A região de Limeira teve o maior aumento e saltou de 34,01% para 48,30%. Já as regiões de Porto Ferreira e Matão apresentaram redução na incidência da doença.

A região Matão vem apresentando quedas nos números da doença ano a ano, caindo de 21,63% em 2017 para 18,32% em 2018 e 17,29% em 2019.

Já a região de Porto Ferreira que apresentou um crescimento de 25,43%, em 2017, para 27,41% em 2018, agora, teve um recuo para 26,67%.

Perfil das propriedades

A doença é mais grave em propriedades menores: 47,9% das árvores contaminadas estão em pomares com até 10 mil plantas.

De acordo com o Fundecitrus, esse cenário é explicado pelo chamado “efeito de borda”, que se refere aos talhões localizados nos 100 primeiros metros a partir da divisa das propriedades e onde é encontrada a maior parte dos psilídeos, insetos transmissores da doença. De acordo com os especialistas da instituição quanto menor a propriedade, maior é a porcentagem de plantas na borda em relação ao total da propriedade

O estudo apontou que quanto maior a propriedade, menor é a incidência da doença: 31,10% em propriedades que têm entre 10 mil e 100 mil; 16,17% nas propriedades com 100 mil a 200 mil plantas e 10,23% nas propriedades com mais de 200 mil plantas.

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