A Caixa Econômica Federal lançou nesta terça-feira (21) uma linha de crédito imobiliário atualizada pela inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). O lançamento aconteceu em uma cerimônia no Palácio do Planalto, da qual participaram o presidente Jair Bolsonaro, ministros e o presidente da Caixa, Pedro Guimarães.
A linha anunciada nesta terça valerá para imóveis residenciais enquadrados no Sistema Financeiro da Habitação (SFH) e no Sistema Financeiro Imobiliários (SFI).
De acordo com a Caixa:
a taxa mínima será de IPCA + 2,95% ao ano;
a taxa máxima será de IPCA + 4,95% ao ano;
as taxas valerão para novos contratos;
as taxas entrarão em vigor a partir de 26 de agosto;
a adesão à nova modalidade será facultativa, ou seja, o cliente poderá optar por aderir ou não ao formato;
os contratos terão prazo máximo de 30 anos;
o financiamento será de até 80% do valor do imóvel;
a parcela vai ser recalculada mensalmente, de acordo com a inflação divulgada pelo IBGE (portanto, a parcela pode variar a cada mês);
o consumidor que optar pela modalidade de correção pelo IPCA não poderá alterar o contrato para ter a correção pela Taxa Referencial;
o banco disponibilizou R$ 10 bilhões para a nova linha de crédito.
Atualmente, de acordo com a Caixa, a taxa mínima é composta pela Taxa Referencial + 8,5% ao ano; e a taxa máxima, por TR + 9,75%.
Durante o evento no Palácio do Planalto, Pedro Guimarães afirmou que na condição atual a parcela de um imóvel de R$ 300 mil seria superior a R$ 3 mil. Com a nova modalidade, segundo ele, a parcela cairá para cerca de R$ 2 mil.
Expectativas com o anúncio
De acordo com a Caixa, a expectativa é que a mudança anunciada nesta terça-feira reduza o custo de crédito imobiliário.
Para analistas, porém, empréstimos para a compra da casa própria corrigidos pela inflação representam risco porque, se o IPCA aumentar no período do contrato, o custo do financiamento também aumentará.
Segundo o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, a correção pela inflação visa dar mais transparência para o cliente que optar pelo crédito. Ele afirmou ainda que o custo também poderá aumentar se acompanhar a TR.
Atualmente, há linhas de crédito com a correção vinculada à Taxa Referencial (definida pelo Banco Central), com diferentes sistemas de amortização. (G1)